quinta-feira, 4 de abril de 2013

Cientistas encontram no espaço sinais do que pode ser matéria escura

Substância invisível forma boa parte do universo, segundo teoria.
Raios cósmicos registrados na ISS podem ajudar a confirmar sua estrutura.

 

Cientistas disseram nesta quarta-feira (3) que podem ter identificado sinais de matéria escura no espaço, substância misteriosa que não interage com a luz e que pode formar mais de um quarto do universo, mas cuja constituição não é efetivamente conhecida. O anúncio foi feito em um seminário no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), localizado em Genebra, na Suíça.

A equipe de pesquisadores ressaltou ter registrado o que parecem ser traços físicos da matéria escura, com um nível de detalhe inédito, ao estudar radiação de pósitrons (o equivalente a um elétron, mas carregado positivamente) identificados na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nos últimos 18 meses.

Detector de partículas AMS instalado na Estação Espacial Internacional (Foto: Divulgação/CERN/Nasa) 
Detector de partículas AMS instalado na Estação Espacial Internacional (Foto: Divulgação/CERN/Nasa)

O experimento que pode dar as primeiras evidências da matéria escura foi realizado com a ajuda do Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) a bordo da estação espacial. O equipamento, um grande detector de partículas apelidado de "LHC espacial" pelos cientistas do Cern, têm procurado evidências indiretas da substância misteriosa e custou US$ 2 bilhões.

O AMS identificou uma quantidade razoável de pósitrons (partículas semelhantes a elétrons, mas com carga positiva) que podem ter surgido do decaimento da matéria escura, dizem os pesquisadores. Os dados podem nos prover uma descoberta muito empolgante no futuro", disse Michael Salamon, gerente do programa científico da AMS no Departamento de Energia dos EUA, em entrevista coletiva na tarde desta quarta, em Wahsington.

"Nos próximos meses, o AMS vai poder nos dizer de forma conclusiva se estes pósitrons são um sinal da matéria escura ou se têm outra origem", afirmou Samuel Ting, diretor do projeto que construiu o detector de partículas, durante o seminário.

Por não interagir com a luz, a matéria escura é invisível. Sua existência se supõe pela força gravitacional que aparentemente exerce em planetas e estrelas.

Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) antes de ser enviado ao espaço (Foto: Divulgação/Michele Famiglietti/CERN/Nasa) 
Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) antes de ser enviado ao espaço (Foto: Divulgação/Michele Famiglietti/CERN/Nasa)

Para Roberto Batiston, professor de física da Universidade de Perugia e porta-voz do projeto AMS, uma descrição precisa da substância misteriosa precisa de mais tempo para ser feita. "Pode levar alguns anos", disse ele, em entrevista à britânica BBC.

Para a física Pauline Gagnon, que trabalha num experimento do Cern para a detecção de "matéria escura", a precisão do AMS pode fazer com que "seja possível fazer uma primeira identificação da substância em breve", disse ela à Reuters. "Seria incrível, algo como descobrir um continente completamente novo", afirmou.

A descoberta de elementos que venham a formar a "matéria escura" pode abrir novas áreas de pesquisa, incluindo a hipótese de estudar novas dimensões e outros universos, afirmaram físicos entrevistados pela agência Reuters.



Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/04/cientistas-encontram-sinais-do-que-pode-ser-materia-escura.html

Dia da Microsoft: conheça a história da empresa criada por Bill Gates

Todo conteúdo é responsabilidade da fonte:
http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/04/dia-da-microsoft-conheca-historia-da-empresa-criada-por-bill-gates.html

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Casos de dengue podem chegar a 600 mil no Brasil

O número de casos de dengue no Brasil pode se aproximar 600 mil este ano. A estimativa é do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou nesta quarta-feira (3) de audiência pública conjunta das comissões de Seguridade Social e Família, Defesa do Consumidor e de Fiscalização Financeira e Controle. O patamar é próximo do de 2010, o pior ano da epidemia no país, quando foram confirmados 580 mil casos. Naquele ano, porém, circulavam pelo País apenas dois tipos de vírus. Hoje, já são quatro. De acordo com Padilha, de 2010 para cá houve redução de 84% do número de casos graves de dengue confirmados, mas o número de óbitos pela doença pode aumentar em 2013 em relação ao ano passado. A concentração maior, atualmente, está nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

“A maior parte da circulação é do dengue tipo 4, que é um vírus novo, que vem circulando desde 2011 no País, e uma circulação também de dengue tipo 1, ou seja, pegando pessoas que não tiveram dengue tipo 1 ao longo da história da epidemia de dengue no nosso país, que começou em 1985”, disse Padilha. O ministro atribuiu o aumento do número de casos ao processo de eleição e de transição municipal, que teria interrompido ou atrasado as ações de combate à dengue, além da circulação do novo tipo de vírus, o tipo 4. Outro motivo seria a forte concentração da doença em dois estados da região Sudeste, São Paulo e Minas Gerais, onde há grande densidade populacional.

Falta de médicos

Padilha disse que o desafio mais crítico da saúde pública brasileira é a falta de médicos. De acordo com ele, a média no país é de 1,8 médicos por mil habitantes. Na Inglaterra, que tem o segundo maior sistema público de saúde após o Brasil, são 2,7 por mil habitantes. Padilha defendeu a contratação de médicos do exterior, caminho, de acordo com ele, seguido por vários países. A posição do ministro foi questionada por alguns deputados, como Ronaldo Caiado (DEM-GO), preocupado com a qualidade da formação desses profissionais. Mas Alexandre Padilha se disse favorável ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida), prova aplicada pelo governo para autorizar os médicos formados no exterior a atuarem no país. O Revalida é uma iniciativa dos ministérios da Saúde e Educação.

“Eu sou favorável ao Revalida. Acho que precisa ser aprimorado, como o Ministério da Educação vem fazendo. Sou contra a validação automática. Podemos ter mecanismos como outros países têm para garantir mais médicos, com mais qualidade e mais perto da população brasileira”, afirmou. O ministro negou que o governo estude um aumento da desoneração de Imposto de Renda para os usuários de planos de saúde ou a criação de planos de saúde com menor cobertura do que o mínimo exigido, o que chamou de plano de saúde pobre para pobre. Mas defendeu a necessidade de debater a sustentabilidade da expansão do setor de saúde suplementar no País.

Casos de dengue podem chegar a 600 mil no Brasil



 Fonte: http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20130404170657&cat=saude&keys=casos-dengue-podem-chegar-mil-brasil