Se medirmos o sucesso de uma empresa apenas pela sua quantidade de clientes, a compra do WhatsApp pelo Facebook dá cada vez mais indícios de ter sido um excelente negócio. Neste domingo (24), Jan Koum, CEO do serviço, informou via Twitter que o WhatsApp superou a marca de 600 milhões de usuários ativos no mundo todo.
A quantidade é ainda mais impressionante se a compararmos com o
número registrado pelo WhatsApp no final de abril: 500 milhões de
usuários ativos. Isso significa que o serviço levou quase três meses
para conquistar 100 milhões de novas contas, um feito e tanto se
considerarmos as investidas agressivas de rivais como WeChat (438
milhões de usuários, a maioria da China) e Viber (100 milhões de
usuários).
Parte desse sucesso se deve à Índia. A estimativa é a de que uma em
cada dez contas do WhatsApp seja proveniente deste país. E esta
quantidade deve aumentar logo: atualmente, o serviço ganha três milhões
de usuários indianos por mês.
Independente do país, a principal razão para a adoção massiva do
WhatsApp é a influência, algo no estilo “todos os meus amigos usam,
então eu também devo usar”. Esta linha de pensamento vale principalmente
para o público mais jovem.
A pré-instalação do aplicativo em aparelhos novos, o bom
funcionamento mesmo em conexões lentas (ainda que o app em si careça de
melhorias) e o apreço crescente por grupos no serviço são fatores que
também explicam o sucesso do WhatsApp.
Sucesso que reflete em desafio. Se o Facebook encontrou uma forma de
gerar receita significativa com o WhatsApp, está guardando a fórmula
para si. A cobrança (quase sempre prorrogável) de US$ 1 por ano parece
dar resultado, mas não a ponto de compensar os US$ 19 bilhões
desembolsados na aquisição. Como se não bastasse, Jan Koum disse mais de
uma vez que não é favorável à exibição de anúncios.
Seja lá como for, os executivos do Facebook não demonstram muita
preocupação com isso. Por ora, o foco parece estar em manter cada vez
mais usuários imersos no amplo ecossistema da empresa. Se o objetivo é
este, os números do Facebook e do WhatsApp estão aí para mostrar que o
plano está dando muito certo.
Deixo-lhes uma pergunta: Se o WhatsApp vier a ter propagandas vocês(usuários) continuarão utilizando? Ou os que ainda não são usuários instalarão?