Cresce número de pais que se opõem a vacinar as filhas contra HPV
Estudo mostra que quase metade dos pais acredita que a vacina é
desnecessária e outros mostram preocupação com efeitos colaterais
A porcentagem de pais contrários às recomendações médicas de vacinar as
filhas adolescentes contra o vírus do papiloma humano (HPV) é cada vez
mais crescente, de acordo com pesquisadores da Clinica Mayo, nos EUA.
A
pesquisa revela que mais de 2 em cada 5 pais pesquisados acreditam que a
vacina contra HPV é desnecessária e um número crescente mostra
preocupação com potenciais efeitos colaterais.
Ao todo, os
pesquisadores analisaram três vacinas rotineiramente recomendadas para
adolescentes norte-americanas: uma vacina para proteger contra o HPV
sexualmente transmissível; a dTpa, para difteria, tétano e coqueluche
acelular; e a vacina meningocócica conjugada, ou MCV4.
Enquanto
as taxas de imunização até a data tenham subido para as três vacinas, a
proporção de meninas totalmente imunizadas contra o HPV (três doses ao
longo de seis meses) foi substancialmente menor do que a proporção para
as outras duas vacinas.
Há cinco anos, 40% dos pais entrevistados
disseram não vacinar suas meninas contra o HPV. Em 2009, esse número
aumentou para 41%, e em 2010, para 44%.
"Essa é a direção oposta que a taxa deve seguir", afirma o pesquisador sênior Robert Jacobson.
O número de pais preocupados com a segurança da vacina contra HPV aumentou de 5% em 2008 para 16% em 2010.
Segundo
Jacobson, durante os mesmos anos, mais e mais estudos mostraram como a
vacina contra HPV é segura e eficaz neste grupo de idade. A vacina
previne o câncer de colo do útero e outros cânceres genitais, impedindo
as infecções por HPV que levam a esses tipos de doença.
Os
pesquisadores analisaram dados de vacinação para adolescentes com idades
entre 13 e 17 anos na Pesquisa Nacional de Imunização de Adolescentes
entre 2008-10. Eles descobriram que a partir de 2010, oito de 10
adolescentes receberam a vacina dTpa e cerca de 63% receberam a vacina
MCV4. Apenas cerca de um terço das meninas foram imunizadas contra o
HPV.
Apesar das dúvidas dos pais, o número de jovens vacinadas
aumentou. Cerca de 16% das adolescentes foram vacinadas em 2008 e 33% em
2010.
"HPV causa essencialmente 100% dos cânceres do colo do
útero e 50% de todos os americanos se infectam pelo menos uma vez com o
HPV. É uma infecção silenciosa. Você não pode dizer quando foi exposto
ou se tem o vírus", afirma Jacobson.
Segundo os autores, a vacina
é mais eficaz em adolescentes menores do que em adolescentes mais
velhos. A Mayo Clinic rotineiramente começa a série de vacinação aos 9
anos de idade.
Fonte: http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=7&cid=153366
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