Duas das mais brilhantes e distantes
supernovas já descobertas estão localizadas a cerca de 10 bilhões de
anos-luz de distância da Terra e são 100 vezes mais brilhantes do que
uma supernova comum, de acordo com uma nova pesquisa que aparece no
Astrophysical Journal.
Quando os objetos extremamente distantes
foram descobertos em 2006 e 2007, os astrônomos não tinham ideia do que
eles eram e eles não se encaixavam em nenhum dos modelos típicos
astronômicos. Isto era, em grande parte, devido à sua extrema
luminosidade. Normalmente supernovas são iluminadas pela energia
produzida pela morte de uma estrela gigante ou uma estrela de nêutrons,
mas estas forças não foram capazes de explicar como objetos tão
distantes poderiam parecer tão brilhantes.
“No começo, não tínhamos ideia de como
essas coisas eram, se eram supernovas ou se estavam em nossa galáxia ou
uma distante”, disse D. Andrew Howell, principal autor do estudo e
cientista. “Mostrei as observações em uma conferência e todo mundo ficou
perplexo. Ninguém adivinhou que eram supernovas distantes. Nós
pensávamos que era impossível.”
Howell e seus colegas relatam que uma
das supernovas recém-descobertas, chamada SNLS-06D4eu, pertence a uma
classe emergente de objetos espaciais chamada supernovas superluminosas,
da qual ela é a mais distante e mais luminosa de todos os exemplos
conhecidos.
As duas supernovas superluminosas foram colocadas em uma subclasse especial, porque elas não têm hidrogênio.
Howell e sua equipe afirmam que estas
supernovas superluminosas são provavelmente alimentadas pela criação de
um magnetar, que é uma estrela de nêutrons
extremamente densa, extraordinariamente magnetizada e que gira a uma
velocidade de várias centenas de vezes por segundo. Magnetares não são
maiores do que uma grande cidade, mas eles têm a massa do Sol e um campo
magnético 100 trilhões de vezes maior que o da Terra.
Apenas um punhado de supernovas
superluminosas foram descobertos, e os astrônomos acreditam que elas
sejam muito raras, ocorrendo talvez 1 vez para cada 10.000 supernovas
normais.
As duas supernovas detalhadas no estudo
são antigas, tendo explodido quando o universo tinha apenas 4 bilhões de
anos, segundo os pesquisadores.
“Isso aconteceu antes de o sol existir”,
explicou Howell. “Não havia outra estrela aqui que morreu e cuja nuvem
de gás formou o Sol e a Terra. A vida evoluiu, os dinossauros evoluíram,
os humanos evoluíram e inventaram telescópios, e tivemos a sorte de
estar apontando no lugar certo quando os fótons atingiram a Terra após
sua jornada de 10 bilhões de anos-luz”.
Mas, afinal, o que são supernovas?
Veja neste site: http://misteriosdomundo.com/o-que-sao-supernovas
Nenhum comentário:
Postar um comentário