quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Astrônomos descobrem a mais brilhante e distante supernova conhecida

Duas das mais brilhantes e distantes supernovas já descobertas estão localizadas a cerca de 10 bilhões de anos-luz de distância da Terra e são 100 vezes  mais brilhantes do que uma supernova comum, de acordo com uma nova pesquisa que aparece no Astrophysical Journal.

Astrônomos descobrem a mais brilhante e distante supernova conhecida

Quando os objetos extremamente distantes foram descobertos em 2006 e 2007, os astrônomos não tinham ideia do que eles eram e eles não se encaixavam em nenhum dos modelos típicos astronômicos. Isto era, em grande parte, devido à sua extrema luminosidade. Normalmente supernovas são iluminadas pela energia produzida pela morte de uma estrela gigante ou uma estrela de nêutrons, mas estas forças não foram capazes de explicar como objetos tão distantes poderiam parecer tão brilhantes.

“No começo, não tínhamos ideia de como essas coisas eram, se eram supernovas ou se estavam em nossa galáxia ou uma distante”, disse D. Andrew Howell, principal autor do estudo e cientista. “Mostrei as observações em uma conferência e todo mundo ficou perplexo. Ninguém adivinhou que eram supernovas distantes. Nós pensávamos que era impossível.”

Howell e seus colegas relatam que uma das supernovas recém-descobertas, chamada SNLS-06D4eu, pertence a uma classe emergente de objetos espaciais chamada supernovas superluminosas, da qual ela é a mais distante e mais luminosa de todos os exemplos conhecidos.

As duas supernovas superluminosas foram colocadas em uma subclasse especial, porque elas não têm hidrogênio.

Howell e sua equipe afirmam que estas supernovas superluminosas são provavelmente alimentadas pela criação de um magnetar, que é uma estrela de nêutrons extremamente densa, extraordinariamente magnetizada e que gira a uma velocidade de várias centenas de vezes por segundo. Magnetares não são maiores do que uma grande cidade, mas eles têm a massa do Sol e um campo magnético 100 trilhões de vezes maior que o da Terra.

Apenas um punhado de supernovas superluminosas foram descobertos, e os astrônomos acreditam que elas sejam muito raras, ocorrendo talvez 1 vez para cada 10.000 supernovas normais.

As duas supernovas detalhadas no estudo são antigas, tendo explodido quando o universo tinha apenas 4 bilhões de anos, segundo os pesquisadores.

“Isso aconteceu antes de o sol existir”, explicou Howell. “Não havia outra estrela aqui que morreu e cuja nuvem de gás formou o Sol e a Terra. A vida evoluiu, os dinossauros evoluíram, os humanos evoluíram e inventaram telescópios, e tivemos a sorte de estar apontando no lugar certo quando os fótons atingiram a Terra após sua jornada de 10 bilhões de anos-luz”.


Mas, afinal, o que são supernovas?



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