Geólogos australianos abriram uma perspectiva tentadora, mas controversa, que a Antártida poderia ser rica em diamantes.
Em um artigo científico publicado na
revista Nature Communications, uma equipe disse ter encontrado uma rocha
reveladora chamada quimberlita nas Montanhas Príncipe Charles, na
Antártida Oriental.
Embora nenhum diamante tenha sido
encontrada nas amostras, a assinatura do mineral é idêntica à de
diamantes encontrados em outros locais do mundo, o que sugere que as
montanhas gelo do Pólo Sul podem estar escondendo grandes depósitos de
diamantes.
“As amostras são típicas em textura,
mineralogia e geoquímica às quimberlitas do Grupo 1 de localidades mais
clássicas”, destacou o estudo chefiado por Greg Yaxley, da Universidade
Nacional Australiana, em Canberra.
Quimberlita, uma rocha que raramente é
encontrada perto da superfície da Terra, provavelmente se forma em
grandes profundidades no manto terrestre, onde as condições são
adequadas para a formação de diamantes – átomos de carbono que são
espremidos em formas de treliça sob extremas pressão e temperatura.
O estudo sugeriu que a quimberlita foi
empurrada para a superfície cerca de 120 milhões de anos, quando África
atual, a península Arábica, a América do Sul, o sub-continente indiano, a
Austrália e a Antártida formavam um super-continente chamado Gondwana.
Os continentes então se separaram, o que
explica por que os diamantes são encontrados em locais tão diversos e
distantes, desde o Brasil até a África do Sul e Índia.
No entanto, mesmo se a descoberta for
confirmada, não haverá mineração no local, não antes de 2041. Um tratado
internacional proíbe qualquer extração de fontes minerais, a não ser em
casos de pesquisas científicas. Todavia, o tratado será revisto no
começo da década de 2040, e pode mudar esse cenário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário