Estima-se que sete milhões de mulheres serão imunizadas em 2014 pela rede pública de saúde
O Instituto Butantan vai produzir uma versão da vacina contra a
coqueluche que permitirá a imunização de grávidas. De acordo com a
Secretária Estadual da Saúde de São Paulo, cerca de sete milhões de
mulheres deverão ser beneficiadas em 2014 pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
Atualmente, a estratégia de prevenção da coqueluche é baseada na
imunização de crianças. São três doses da vacina pentavalente (que
protege também contra difteria, tétano, Haemophilus influenza tipo B e
hepatite B), aplicadas a partir de dois meses. A última dose é dada aos
oito meses de vida.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina aplicada em crianças é
eficiente, mas o aumento do número de casos de coqueluche no ano passado
colocou em dúvida a durabilidade da proteção. A hipótese é a de que a
vacina perde a eficácia com o passar dos anos, deixando os adultos mais
vulneráveis e mais propensos a passar o vírus para as crianças que ainda
não estão completamente protegidas contra a doença.
A vacinação de mulheres contra a coqueluche durante a gestação
oferece proteção ao bebê e promove a redução de casos e óbitos pela
doença nas crianças menores de seis meses de idade. A imunização de
gestantes poderá contribuir tanto para a diminuição da transmissão da
doença para o lactente quanto para oferecer proteção indireta nos
primeiros meses de vida.
A nova vacina será produzida graças a um acordo para transferência de tecnologia firmado com a multinacional de soluções terapêuticas GlaxoSmithKline (GSK) para a produção no Brasil de um componente acelular do imunobiológico.
A nova vacina será produzida graças a um acordo para transferência de tecnologia firmado com a multinacional de soluções terapêuticas GlaxoSmithKline (GSK) para a produção no Brasil de um componente acelular do imunobiológico.
Transmissão — A coqueluche é transmitida
principalmente pelo contato com gotículas de secreção eliminadas ao
tossir, falar e espirrar. A doença, transmitida por bactéria, apresenta
como primeiros sintomas catarro, febre baixa, espirro, falta de apetite e
tosse noturna. Se não tratada, ela pode levar à morte.
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde fez um alerta sobre a
situação da doença no país. Segundo a pasta, a prevalência da condição
dobrou em 2012, quando foram registrados 4 453 casos da doença — no ano
anterior, foram 2 258. As mortes decorrentes do problema também
aumentaram de 53 em 2011 para 74 no ano passado.
(Estadão Conteúdo)

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/instituto-butantan-vai-produzir-vacina-contra-coqueluche-para-gravidas
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