O aquecimento global é um fato, apesar
de refutado diversas vezes por muitos estudiosos. A preocupação é maior
por parte dos biólogos conservacionistas, que temem o futuro das
espécies que dependem do frio, como os mamíferos. A espécie Ochotona Minor, conhecida
como Pika, pode ser capaz de sobreviver ao aquecimento do planeta,
graças à uma fonte primária de alimento muito incomum.

Os pikas vivem em áreas frias, nos alpes
americanos. São membros da ordem lagomorfa, que incluem coelhos e
lebres. Esses animais possuem um metabolismo elevado, o que lhes permite
produzir grandes quantidades de calor para passar mais dois dias
vivendo em temperaturas prejudiciais à espécie (acima dos 25.5º C).
Um estudo descobriu que os pikas que
vivem em altitudes mais baixas podem prosperar, pois são capazes de
adaptar seu comportamento a um planeta em aquecimento. A estudante
Johanna Varner ficou tão fascinada ao ouvir os relatos desses animais,
pois vivem em uma área muito mais baixa à usual. Na montanha, onde eles
comumente são encontrados, os pikas passavam apenas 3 meses sem neve,
enquanto nessas altitudes baixas, a neve dura menos de 3 meses. Varner
ficou intrigada ao fato de como eles sobreviveram e o que eles comeram.
Nas observações de campo, eles
constataram que os animais consumiram uma dieta inteiramente composta de
musgo, que não são uma fonte de alimento de alta qualidade de
nutrientes. A pesquisadora diz que “mamíferos normalmente não pode comer
grandes quantidades de musgo porque é um alimento de baixa qualidade.
Trata-se de 80% de fibra, que é o mesmo que comer papel”.
Além do mais, os pikas extraem sua
nutrição adicional de um hábito chamado coprofagia, que é o mesmo que
comer cocô! Ou seja, além de produzir as pelotas fecais duras eles
também produzem uma excreção conhecida como pelota cecal, que é maior e
mais úmida que seu cocô. Logo que excretadas, os pikas ingerem essas
pelotas, que são constituídas de uma mistura muito nutritiva de musgos e
micróbios parcialmente digeridos.
“É a mesma ideia de uma vaca ruminando, a diferença é que eles usam o outro lado para produzir seus nutrientes”, diz Varner.
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